sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

DC COMICS PRODUTORA DE HISTORIA EM QUADRINHO


DC Comics é uma editora norte-americana de histórias em quadrinhos e mídia relacionada, sendo considerada uma das maiores companhias ligadas a este ramo no mundo. A empresa é subsidiária da companhia Time Warner e detém a propriedade intelectual de muitos dos mais famosos personagens de quadrinhos daquele país, como Superman, Batman, Mulher-Maravilha, Lanterna Verde, Flash, Aquaman e seus grupos como Liga da Justiça da América,Sociedade da Justiça da América, Novos Titãs, Renegados, Aves de Rapina, Patrulha do Destino, Legião dos Super-Heróis, All-Star Squadron, entre outros. Por décadas a DC tem sido uma das duas maiores companhias de quadrinhos daquele país, ao lado da Marvel Comics (sua rival histórica). Originalmente, a companhia era conhecida como National Comics e com o tempo passou a adotar a sigla "DC" que originalmente se referia aDetective Comics, uma de suas revistas mais vendidas (a qual é publicada até hoje e apresenta histórias de Batman).

Localizada originalmente na cidade de Nova Iorque no número 432 da Fourth Avenue, a DC foi sucessivimente realocada e hoje está no número 1700 da Avenida Broadway.


Era de ouro:

A empresa de Wheeler-Nicholson foi a pioneira nos quadrinhos estadunidenses, publicado regularmente o primeiro material produzido para este formato, e não reimpressão de tiras de jornal, começando com More Fun Comics/Fun: The Big Comics Magazine # 01 em fevereiro de 1935, renomeado para New Fun após o primeiro número. A empresa também foi a primeira a apresentar super-heróis, começando com Action Comics # 01 em 1938. Como as vendas do título alcaçaram índices extratosféricos e as pesquisas de marketing confirmaram que o personagem Superman, foi a principal razão, o período chamado de Era de Ouro dos quadrinhos começou. Como resposta, a companhia introduziu outros personagens que se tornaram populares como Batman, Mulher-Maravilha[4] e o primeiro grupo de super-heróis, a Sociedade da Justiça da América.

A empresa iniciou processos agressivos contra imitador por violações de copyright por outras companhias como Wonderman (criação de Will Eisner) da Fox Comics, que de acordo com o testemunho da corte era uma cópia do Superman[5].

Isto foi extentido à Fawcett Comics por seu personagem SHAZAM, que durante um tempo foi o personagem mais bem vendido. Isto iniciou uma batalha judicial que terminou em 1955 quando a Fawcett desistiu e deixou de publicar os personagens, cedendo os seus personagens para a DC Comics, que ironicamente retomou o personagem em 1973.[6] Apesar da retomada de 1973, da retomada de 1987 e ainda em nova tentativa em 1995, com a série The Power of SHAZAM!, Capitão Marvel jamais voltaria a ter a mesma popularidade. Houve ainda outra disputa jurídica envolvendo o nome Capitão Marvel: durante o período 1955-1973, quando o personagem original não foi publicado a Marvel Comics registrou os direitos de Capitão Marvel e atualmente a DC Comics só pode usar o nome SHAZAM nas capas, ainda que internamente continue a usar Capitão Marvel.

Quando a popularidade dos super-heróis diminuiu no final dos anos 1940, a DC deu foco a outros gêneros, como ficção científica, westerns (faroeste), humor e romance. Lentamente, devido aos debates contra os quadrinhos de horror e crimes, a empresa deixou de publicá-los. Apesar da redução nas tiragens, títulos como Action Comics e Detective Comics sobreviveram ao final de sua própria era.


Era de prata:

No meio da década de 1950, o diretor editorial Irwin Donenfeld e o publisher Liebowitz trabalharam com o editor Julius Schwartz em uma edição única do Flash, parte da série de testes de personagens chamada Showcase. Em vez de reviver o velho personagem, Schwartz pediu que os escritores Gardner Fox e Robert Kanigher e os artistas Carmine Infantino e Joe Kubert criassem um novo velocista, atualizando e modernizando a identidade civil do Flash, seu uniforme e sua origem, agora com um toque de ficção científica. A popularidade do Flashreformulado provou que era possível fazer o mesmo com o Lanterna Verde e muitos outros personagens, iniciando ali aquilo que os fãs de quadrinhos chamam de a Era de Prata dos quadrinhos. O tom da Era de Prata era modificar as origens, em geral místicas dos personagens da Era de Ouro, para algo mais plausível dentro dos conceitos vigentes. Uma grande mudança pode ser vista em Lanterna Verde, que originalmente tinha uma lanterna mística e agora era membro de uma polícia intergaláctica, ainda que seus poderes fossem basicamente os mesmos[7].

Os personagens da National continuaram a crescer, em especial sob a batuta do editor do títulos do Superman, Mort Weisinger, que introduziu personagens como Supermoça, Bizarro e Brainiac. As séries do Batman, tiveram um afastamento dos artistas iniciais, e sob a batuta do editor Jack Schiff, introduziu os poucos famosos Batwoman, Batmoça e Bat-mirim numa tentatiza de modernizar as séries com elementos de ficção científica. Felizmente, o sucessor de Schiff, Schwartz, junto com o artista Carmine Infantino, promoveu uma revitalização do homem-morcego, que ficou conhecida como "New Look", dando ênfase ao personagem como detetive. Ao mesmo tempo, Kanigher, editor da Mulher-Maravilha introduziu com sucesso a família da personagem, tendo aventuras em um contexto mitológico.

Com o lançamento da série de televisão Batman na ABC (American Broadcasting Company) houve um significativo aumento de vendas, além de popularidade dos personagens em outras mídias.

Em 1967, Carmine Infantino, artista de Batman, tornou-se diretor editorial, e com o crescimento da popularidade da rival Marvel Comics, ameaçando o topo de número 1 da indústria, ele trouxe para a companhias talentos como Steve Ditko (Homem-Aranha) e novatos promissores como Neal Adams (X-Men). Ele também substituiu alguns editores por artistas-editores como Kubert e Dick Giordano.

Os novos editores recrutaram jovens novos criadores num esforço para capturar as vendas e permitir a captura de crianças, e a permanência delas enquanto adolescentes e estudantes. Alguns novos talentos como Dennis O'Neil, que trabalhou em Green Lantern/Green Arrow (Lanterna Verde/Arqueiro Verde) e Batman, trouxe luzes à indústria.[8] Apesar disto, o período é caracterizado por uma praga de séries de curta duração, que começam fortes e fraquejam rápido.

Em 1969, Nation Comics fundiu-se Warner Bros/7 Arts. No ano seguinte, Jack Kirby deixou a Marvel para criar um série de aventuras temática que é conhecida na sua coletividade como Jack Kirby's Fourth World|The Fourth World|O Quarto Mundo, introduzindo Os Novos deuses, Sr. Milagre e O Povo da Eternidade, que enfrentavam o arquivilão Darkseid em um reino extradimensional chamado Apokolips. Quando as vendas não atingiram o experado, Kirby vinculou seus personagens ao universo ficcional padrão da DC Comics. Ele também criou uma série chamada Kamandi, sobre um adolescente em um pós-apocaliptico mundo de animais falantes.


As décadas de 1970 e 1980

Jenette Kahn, conhecida editor de revistas para crianças, substituiu Infantino em janeiro de 1976. DC teve uma dramática experiência de competição com a novata Marvel Comics, cujo nome era DC Explosion, que resultou no cancelamento de vários novos títulos, entre elesFirestorm e Shade, the changing man, assim a DC Explosion tornou-se para a indústria DC Implosion.

Procurando novas maneiras de conquistar mercado, o novo administrador da publisher Kahn, o vice-presidente Paul Levitz e o editor Dick Giordano coordenaram uma quantidade grande de talentos instáveis. Por fim, seguindo o exemplo da Atlas/Seaboard Comics e algumas companhias independentes como Eclipse Comics, a DC começou a oferecer royalties e parcerias. A DC, nesta período, emulou uma tradição iniciada na TV, e trouxe o conceito de mini-séries, que converteu em séries limitadas, que termitiu flexibilidade para narrar histórias.

Estas mudanças refletiram-se na vindoura série The New Teen Titans (Os Novos Titãs no Brasil) do escritor Marv Wolfman e do artistaGeorge Pérez, dois talentos populares com história de sucesso na Marvel Comics. Este título de super-grupo, teve uma similariedade superficial com a série The Uncanny X-Men, mostrando que parte das vendas vem da estabilidade de boas equipes criativas. A dupla de criadores ainda foi capaz de tomar a vantagem da mini-série a seu favor, criando um título chamado Tales of the New Teen Titans, para narra a origem de personagens recém surgidos na série.

Esta revitalização iniciou um grandioso projeto que modificou a linha completa da DC Comics, na série Crisis on Infinite Earths (Crise nas Infinitas Terras, no Brasil), que deu uma rara oportunidade de descartar a bagagem de 50 anos de histórias dos personagens DC e revisar os maiores personagens da empresa.

Ao mesmo tempo o escritor britânico Alan Moore revigorou uma série de terror menor, conhecida como Swamp Thing/Saga of the Swamp Thing (Monstro do Pântano, no Brasil) e teve seu trabalho aclamado, criando um espaço equivalente a invasão de músicos de seu país (este movimento é chamado Invasão Britânica). Vários escritores britâncios, incluindo Neil Gaiman e Grant Morrison, iniciaram colaboração com a empresa. O resultado trouxe um material de horror sofisticado e fantasia não apenas para títulos que abandonaram o Comics Code mas para títulos que foram criados para atenderem um público adulto, mas somente em 1993 é que o selo (imprint) Vertigo foi oficialmente estabelecido (as primeiras colaborações de Alan Moore em Swamp Thing datam de 1983, e Neil Gaiman em Sandman é de 1989).

O sucesso da mini-séries Batman: The Dark Knight Returns (O Cavaleiro das Trevas, no Brasil), por Frank Miller, e Watchmen, por Alan Moore e Dave Gibbons, trouxe atenção para as mudanças na DC. Esta nova liberdade criativa somado com publicidade massiva permitiu a DC desafiar a Marvel pela liderança da indústria.

O meio da década de 1980 viu o fim da muitas séries antigas de guerras, que em geral estavam sendo impressas desde a década de 1960. Estes títulos, alguns com mais de 100 números incluem Sgt. Rock, G.I. Combat, The Unknown Soldier, e Weird War Tales.

Em 1989, a DC começou a publicar sua DC Archive Editions, que encadernava antigas e raras revistas em formato de capa-dura, papel melhor e recolorização


A década de 1990:


A indústria de quadrinhos experimental teve um breve boom no início da década, graças à combinação de especulação dos quadrinhos como colecionáveis e muitas histórias que ganharam a atenção do mainstream. Histórias longas como A morte do Superman (onde Superman é morto) e A queda do morcego (onde Batman é aleijado), resultam em grandes alterações nas vendas, mas o aumento foi temporário, e logo a indústria retornou para baixas vendas.

Selos como Piranha Press e outros foram introduzidos para facilitar a diversificação e a especialização da linhas de marketing. Elas introduziram o uso de cláusulas que incluíram os direitos para os autores e licenciaram material de outras companhias. A DC também incrementou sua linha de trade paperbacks (edições encadernadas), incluindo coleções de graphic novels.

DC fez um acordo com Milestone Media que criou uma linha de quadrinhos que apresentou diferenças culturais e raciais dos super-heróis padrões; através de linha Milestone, que cessou a publicação após um curto período, restante apenas a popular personagem Static Shock, que tem uma série de animação.

Paradox Press foi estabelecida para publicar material conhecido como Big Book of... uma série de livros temáticas e a graphic novel Road to Perdition (Estrada para perdição, que foi filmado com Paul Newman), matendo um selo separado com estilo e audiências próprias.

Ao mesmo tempo, em 1998 a DC adquiriu o selo Wildstorm de Jim Lee, e deu foco especial à linha ABC, criada e controlada pelo britânicoAlan Moore, que introduziu Tom Strong, Promethea e League of Extraordinary Gentleman.


2000:

Em março de 2003, a DC adquiriu os direitos para publicar a longa série de fantasia Elfquest previamente auto-publicada pelos criadores Wendy Pini e Richar Pini através da bandeira WaRP Graphics|Warp Graphics[10]. No ano seguinte a DC criou a linha editorial CMX para publicar mangá traduzido para o inglês, além de temporariamente adquirir os direitos para a publicação de graphic novels européias da Humanoids Associados. Também criou um selo chamado Johnny DC para a audiência jovem.

Em 2004, a DC começou um lento trabalho em grupo para a seqüência de Crise nas Infinitas Terras, prometendo substanciais mudanças para o Universo DC. Em 2005, a empresa publicou várias mini-séries que preparam o público e os personagens para os conflitos existentes em Crise Infinita.

Após a conclusão desta série, os títulos da DC pularam um ano na continuidade de sua histórias. Este evento recebeu o nome de One Year Later, e os atos que ocorreram durante o ano saltado serão narrados na série semanal 52 que será publicada em 2006 e 2007. Misteriosamente a série 52, que tinha tudo para um início brilhante e um sofrido final, consegue manter suas vendas acima das 100 mil cópias mesmo à altura da 25ª semana.

Também em 2005 a DC lançou uma linha All-Star permitindo a grandes autores narrarem suas versões de grandes personagens. Em julho, lançou All Star Batman and Robin the Boy Wonder, por Frank Miller e Jim Lee, e em novembro, All Star Superman, com Grant Morrison.

Em 2006, a CMX começou a publicar a webcomics Megatokyo em formato impresso, e surgiu o segundo grande filme com um personagem DC em 10 anos, Superman Returns, que foi lançado em julho. No ano anterior, Batman Begins havia resgatado o homem-morcego para o cinema.

Em Maio de 2010, DC cancela a linha CMX, a Megatokyo foi o único título da CMX que continuou a ser publicado pela editora

Em Setembro de 2010, foi anunciado o fim da Wildstorm.


Em Janeiro de 2011, a Editora deixa de usar o Comics Code Authority e criar um sistema próprio de classificação etária

NO BRASIL:

A DC Comics iniciou sua trajetória no Brasil pelas mãos de Adolfo Aizen, no Consórcio Nacional. Superman teve sua primeira aparição na A Gazetinha nº 445, de 17 de dezembro de 1938 e do Batman em O Lobinho nº 7, de 1º de novembro de 1940, e depois foram transferidos para a EBAL, numa parceria que só encerrou em 1983, já sem brilho de antes e com atrasos constantes. Em 1984 a Editora Abril iniciou a publicação de títulos da DC Comics usando o sistemas de mix em revistas formatinho em cores de 84 a 100 páginas, trazendo em média 4 histórias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário